Fontes históricas são os documentos que o historiador utiliza para recontar fatos passados, reconstruir a história. Essas fontes podem ser visuais, materiais, escritas e orais. As fontes visuais são aquelas cujas informações estão nas pinturas, fotos, quadros, gravuras ou filmes. Os objetos utilizados pelo homem no passado constituem as fontes materiais. Vestígios de cerâmica deixados pelos povos que viveram na região amazônica, na época da Pré-História brasileira, são exemplos de fontes materiais. As fontes escritas são os mapas e documentos escritos em tempos passados, como jornais e revistas antigos. O historiador também pode fazer suas pesquisas por meio de conversas com pessoas mais velhas, ouvindo as histórias que elas têm para contar. Essas são as fontes orais. É através das relações entre as diversas fontes históricas que o conhecimento humano sobre o passado vai sendo aprofundado.
Quando observamos a organização do tempo e das informações históricas em um livro didático, mal pensamos sobre todo o processo que envolve a fabricação daquele material disponível para estudo. O passado, enquanto objeto de estudo, não está devidamente organizado e analisado em todas as suas dimensões. Para que seja possível conhecê-lo, o historiador tem que sair em busca dos vestígios que possam fornecer informações e respostas ao seu exercício de investigação.
Sob tal aspecto, notamos que o historiador deve estar à procura constante e regular de fontes que viabilizem o seu contato com as experiências que já se consumaram ao longo do tempo. Fora desse tipo de ação, a pesquisa histórica fica sujeita à produção de suposições e julgamentos que fogem ao compromisso do historiador em conferir voz ao tempo que ele observa e pesquisa. Sendo assim, as fontes históricas aparecem como elementos de suma importância em tal caminhada.
Durante muito tempo, os historiadores acreditavam que o passado não poderia ser reconhecido para fora das fontes escritas oficiais. Tal critério, que perdurou até o século XIX, chegou a determinar que o tempo em que a escrita não fora dominada pelo homem ou as sociedades que não dominavam tal técnica não poderiam ter o seu passado escrito. Sendo assim, o trabalho de vários historiadores esteve preso aos documentos ou fontes escritas.
No século passado, a ação de outros historiadores e o desenvolvimento de novas formas de estudo foi gradativamente revelando que o conjunto de fontes a serem trabalhadas pelo historiador pode muito bem extrapolar o mundo letrado. A partir de então, fontes de natureza, visual, oral e sonora foram incorporadas ao conjunto de compreensão do passado. Com isso, observamos que determinados temas históricos tiveram a sua discussão renovada e ampliada para outros patamares.
Logicamente, não podemos deixar de frisar que o uso de diferentes fontes empreendeu o reconhecimento de novos desafios ao ofício do historiador. Em contrapartida, ofereceu ao historiador e ao público interessado uma oportunidade de renovar e determinar o crescimento da produção técnica, científica e didática sobre o assunto. De fato, o século XX foi marcado por um volume de publicações de temas históricos nunca antes observados em qualquer outro tempo.
Parabéns senhoritas.
ResponderExcluirO Blog ficou muito apresentável e vocês realizaram uma boa pesquisa.
Até o próximo desafio.
Professor Fábio.